Tratando um dente com tripla curvatura com o sistema TF Adaptive.
- Endotoday
- 15 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Em molares inferiores, quando os canais mesiais se unem e tem apenas um único forame, essa união leva a uma curvatura acentuada no sentido vestibulo-lingual que quase 90% dos casos não é possível visualizar na radiografia convencional. Então para identificar a tripla curvatura, após a odontometria eletrônica devemos colocar uma lima número 10 no CRT no canal mesial e depois repetimos o mesmo procedimento no canal lingual se ela descer não temos uma tripla curvatura mas se ela não descer estamos frente a uma tripla curvatura. Para confirmar fazemos o mesmo procedimento mas começando pelo lingual que irá descer mas o vestibular não confirmando a tripla curvatura.
Paciente do sexo feminino, com 44 anos com a seguinte condição clínica :
Dor intensa, localizada e constante.
Teste de sensibilidade negativo.
Teste de percussão vertical com alta sensibilidade.
Teste de percussão horizontal negativo.
Sensação de dente crescido.
Diagnóstico: Abcesso Fenix

Podemos observar na raizes com pouca curvatura sendo que as mesiais e possibilidade de tripla curvatura e com luz de canal mais estreitas e a distal com uma luz de canal mais ampla. Sistema escolhido as Limas TF Adaptive pela possibilidade de ampliação até 50/04.

Primeira sessão
Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfeção do campo operatório com clorexidina a 2%.
Exploração do canal radicular com lima manuais, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%.
Determinação odontometria e da lima apical inicial. Canal mesio vestibular e disto vestibular a L.A.I. foi a #15,e foi feito o teste para a tripla Curvatura como descrito acima, já para canal distal foi a #30, neste caso em específico estava recomendado a confeção do glidepath apenas nas raizes mesiais.
Desbridamento nos mesiais com lima manual #10 no comprimento real do dente e na raiz distal desbridamento com lima manual #25 no comprimento real do dente sempre com o auxilio do localizador eletrônico foraminal.
Glidepath com a lima Proglider- Denstply Sirona.
Instrumentação com o sistema TF Adaptive na sequência SM01 --> SM02 --> SM03 nos canais mesiais e no canal distal a sequência ML01 --> ML02 --> ML03. Sendo que nos mesiais a lima memória foi a 35/04 e no distal foi a 50/04.
EDTA sobre agitação utilizando a XP Finisher.
Curativo de demora utilizado foi o Calen + Pmcc da SS White por 21 dias.
Selamento com ionômero de vidro.
Medicação sistêmica com Clavulim 500mg Três vezes ao dia por 7 dias e Flotac 70mg duas vezes ao dia por 5 dias.

Segunda sessão 21 dias após.
Abertura coronária --> Isolamento absoluto --> desinfeção do campo operatório com clorexidina a 2%.
Exploração do canal radicular com lima manuais, irrigação copiosa de hipoclorito de sódio a 2,5%.
Remoção do curativo de demora com irrigação de hipoclorito de sódio a 2,5%, com o instrumento memória.
XP- Endo Finisher da FKG.
Obturação pela técnica de cone único calibrados com AH Plus.

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